domingo, 10 de maio de 2015

poetas

AFINAL, conheci de fato um poeta e escritor de versos cativantes que, por algum tempo, hospedou-se na banheira de uma dama assaz versada, o que, creio, nos autoriza a lançar a questão sobre se o poeta, por delicadeza, desaparecia dali a tempo quando a dama desejava tomar banho.
Certo é, em todo caso, que o senhor Poeta se sentia muitíssimo bem em sua banheira, que ele próprio decorara de forma pictórica, com antigos casacos, panos, trapos e restos de tapetes, de uma maneira tão aventurosa quanto romântica; e, tanto quanto se sabe, ele afirmava, firme e resoluto, morar ao estilo árabe. Deus do céu, que criatura simpática, atraente e animadora é a fantasia!