sexta-feira, 30 de julho de 2010

Paco Urondo, um poeta argentino

La verdad es la única realidad

Del otro lado de la reja está la realidad, de
este lado de la reja también está
la realidad; la única irreal
es la reja; la libertad es real aunque no se sabe bien
si pertenece al mundo de los vivos, al
mundo de los muertos, al mundo de las
fantasías o al mundo de la vigilia, al de la explotación o
de la producción.
Los sueños, sueños son; los recuerdos, aquel
cuerpo, ese vaso de vino, el amor y
las flaquezas del amor, por supuesto, forman
parte de la realidad; un disparo en
la noche, en la frente de estos hermanos, de estos hijos, aquellos
gritos irreales de dolor real de los torturados en
el angelus eterno y siniestro en una brigada de policía
cualquiera
son parte de la memoria, no suponen necesariamente
el presente, pero pertenecen a la realidad. La única aparente
es la reja cuadriculando el cielo, el canto
perdido de un preso, ladrón o combatiente, la voz
fusilada, resucitada al tercer día en un vuelo inmenso
cubriendo la Patagonia
porque las masacres, las redenciones, pertenecen a la realidad, como
la esperanza rescatada de la pólvora, de la inocencia
estival: son la realidad, como el coraje y la convalecencia
del miedo, ese aire que se resiste a volver después del peligro
como los designios de todo un pueblo que marcha
hacia la victoria
o hacia la muerte, que tropieza, que aprende a defenderse,
a rescatar lo suyo, su
realidad.
Aunque parezca a veces una mentira, la única
mentira no es siquiera la traición, es
simplemente una reja que no pertenece a la realidad.

(Cárcel de Villa Devoto, abril de 1973)

quarta-feira, 21 de julho de 2010

A música

(por Robert Walser)

A música é a coisa mais doce do mundo. Adoro o som de notas musicais. Correria mil léguas só para ouvir uma. Muitas vezes, no verão, quando passeio pelas ruas e ouço o som de um piano vindo de uma casa desconhecida, páro, pronto a morrer logo ali. Gostaria de morrer ao ouvir um bocado de musica. Imagino isso tão fácil, tão natural, mas claro que é impossível. As notas apunhalam-nos muito suavemente. As feridas que deixam podem arder mas não infectam. Delas jorram melancolia e dor em vez de sangue. Quando as notas param, tudo se acalma de novo dentro de mim. Então vou fazer os trabalhos de casa, comer ou jogar e não penso mais nisso. Um piano, acho eu, é o que soa com mais encanto. Mesmo nas mãos de um amador. Não é a interpretação que escuto, apenas o som. Nunca poderia ser músico. Porque fazer música nunca seria suficientemente doce, suficientemente inebriante para mim. Ouvir música é, de longe, mais espiritual. A música deixa-me sempre triste mas triste no sentido em que um sorriso triste é triste. Uma tristeza simpática, é o que quero dizer. A música mais alegre não é alegre para mim e a mais melancólica não me toca com particular melancolia ou desânimo. Ao ouvir música, tenho sempre a mesma impressão: falta qualquer coisa. Nunca descobrirei a causa desta suave tristeza, nunca hei-de investigá-la. Não desejo saber o que é. Não desejo saber tudo. Inteligente, como penso que sou, tenho, no entanto, por assim dizer, pouca sede de conhecimento. Desconfio que é por eu ser, por natureza, o oposto de curioso. Sinto-me perfeitamente feliz deixando todas as coisas em meu redor correrem sem preocupar a minha cabeça com o modo como acontecem. De certeza que isto é deplorável e não me ajudará a seguir uma carreira. Talvez. Não tenho medo da morte, por isso também não temo a vida. Vejo que comecei a filosofar. A música é a arte mais estouvada e por isso a mais doce. Os intelectuais nunca a apreciarão mas são os que mais profundamente beneficiam quando a ouvem. Não é possível querer entender e apreciar uma arte. A arte quer enroscar-se em nós. É uma criatura tão terrivelmente pura e autosatisfeita que se ofende quando alguém tenta passá-la à frente. Castiga quem se aproxima com a intenção de se apoderar dela. Os artistas depressa percebem isto. Acham que a sua profissão é lidar com a arte, com aquela que não se deixa tocar por ninguém. É por isso que nunca quis ser músico. Tenho medo do castigo que uma criatura tão justa possa infligir. É bom gostar de uma arte, mas deve-se ter cuidado e não o admitir para si próprio. O nosso amor é sempre mais forte quando não sabemos que amamos.  A música magoa-me. Nem sei mesmo se a amo de verdade. É ela que me encontra onde quer que seja, eu não a procuro. Deixo-a acariciar-me. Mas essas carícias são dolorosas. Como devo dizer? A música é um choro melodioso, uma evocação em notas, um quadro de sons. Não sei dizer com acerto. Por isso é que ninguém leva a sério as minhas considerações sobre arte. Sem dúvida que elas falham o alvo, aliás, como a música, que hoje ainda não me atingiu. Falta qualquer coisa quando não ouço música e quando ouço, então é que falta mesmo qualquer coisa. É o melhor que posso dizer sobre a música.



corpo de Robert Walser encontrado na neve, em Herisau (Suíça) no ano de 1956.

Robert Walser nasceu em Biel, na Suiça, em 1878. Depois de abandonar a escola, aos 14 anos, trabalhou como empregado de escritorio ao mesmo tempo que escrevia poesia. Levou uma vida errante e precária. Publicou o primeiro livro em 1904, As composições de Fritz Kocher. Escreveu obras como Os irmãos Tanner (1907), O Ajudante (1908), Jakob von Gunten (1909). Em 1909 regressou a Biel mas foi acometido de uma depressão profunda e de crises alucinatórias recorrentes. Durante esse período escreveu livros de prosas curtas como O passeio e outras histórias (1917), Vida de poeta (1918) e A rosa (1925). Escreveu os seus últimos livros a lápis numa letra cada vez mais miúda- microgramas, dificílimos de decifrar. Em 1933, Robert Walser se internou voluntariamente em uma clínica para doentes psiquiátricos em Herisau, onde passou o resto da vida. Ele disse: “vim aqui para ser louco e não para escrever”. Nessa época gostava de dar longos passeios a pé e não voltou a escrever uma única linha. Morreu sozinho, na neve, durante um de seus passeios habituais, no dia de natal de 1956. A sua obra, que inclui ainda poemas, ensaios e crônicas, foi admirada por escritores importantes. Era o escritor preferido de Robert Musil, Walter Benjamin e Franz Kafka, só pra se citar alguns. Benjamim chegou a  afirmar que Walser teria sido o último narrador da história. A sua tradução e divulgação foi tardia. Sabem quem foi o autor de histórias como A Branca de Neve, A Bela Adormecida e a A Gata Borralheira? Ele. Robert Walser.

Mate y Alfajores

(para Simone e Jean Paul)

REPOUSO

Claro o calor de teus braços
Que repousa no tictac do tempo

Verde o som de um adeus
De um sabor estrangeiro

Tu transporta nas mãos,
Tu transporta implicito no ar,
O fogo da espera

O desgosto primeiro incomoda
Depois vem esquecimentos de lábios
Que cheiravam tudo em nós

O fim recua ao presente
Para dar um novo começo

Deixamos o tempo verter
Em novas formas de sentir

Nós: vento e luar

(Fransuá e Valerié)
NÃO TE APAGUES TOTALMENTE – COMO OUTROS FIZERAM
antes de ti, antes de mim,

a casa, depois da chuva de flores em botão,
depois do
abraço,
expande-se sobre nós,
enquanto a pedra cria raízes,

um candelabro, grande e solitário,
emerge também,
reconhece,
quando a taça, toda pórfiro,
estala, como
tudo está cheio de coisas
ocultas, inevitáveis,

fica a saber
onde estão agora os olhos abertos,
de manhã, ao meio-dia, à tarde, à noite.

sábado, 10 de julho de 2010

sexta-feira, 9 de julho de 2010

som do bom (1944)

O amigo


Giovanni Serodine, I Santi Pietro e Paollo sulla via del martirio (1625), Museu de Arte Antiga de Roma).

A amizade é tão estreitamente ligada à própria definição de filosofia que se pode dizer que sem ela a filosofia não seria propriamente possível. A intimidade entre amizade e filosofia é tão profunda que esta inclui o philos, o amigo, no seu próprio nome e, como freqüentemente ocorre para toda proximidade excessiva, corre o risco de não conseguir realizar-se. No mundo clássico, essa promiscuidade e quase consubstancialidade do amigo e do filósofo era presumida, e é certamente por uma intenção de alguma maneira arcaizante que um filósofo contemporâneo – no momento de colocar a pergunta extrema: “O que é a filosofia?” – pode escrever que esta é uma questão para ser tratada entre amis. De fato, hoje, a relação entre amizade e filosofia caiu em descrédito, e é com uma espécie de embaraço e de má consciência que aqueles que fazem da filosofia uma profissão tentam acertar as contas com este partner incômodo e, por assim dizer, clandestino de seu pensamento.

É notório que ninguém jamais conseguiu definir de modo satisfatório o significado do sintagma “eu te amo”, tanto que se poderia pensar que este tenha caráter performativo – isto é, que o seu significado coincida com o ato do seu proferimento. Considerações análogas poderiam ser feitas para a expressão “sou seu amigo”, mesmo se aqui o recurso à categoria de performativo não pareça possível. Ao contrário, penso que “amigo” pertence àquela classe de termos que os lingüistas definem não-predicativos, isto é, termos a partir dos quais não é possível construir uma classe de objetos na qual inscrever os entes a que se atribui o predicado em questão. “Branco, “duro”, “quente” são certamente termos predicativos; mas é possível dizer que “amigo” defina, nesse sentido, uma classe consistente? Por estranho que possa parecer, “amigo” compartilha essa qualidade com uma outra espécie de termos não-predicativos, os insultos. Os lingüistas demonstraram que o insulto não ofende quem o recebe porque o inscreve numa categoria particular (por exemplo, aquela dos excrementos, ou dos órgão sexuais masculinos ou femininos, segundo as línguas), o que seria simplesmente impossível ou, de qualquer modo, falso. O insulto é eficaz exatamente porque não funciona como uma predicação constativa, mas sim como um nome próprio, porque chama na linguagem de um modo que o chamado não pode aceitar, e do qual, todavia, não pode se defender (como se alguém insistisse em me chamar de Gaston, sabendo que me chamo Giorgio). Isto é, aquilo que ofende no insulto é uma pura experiência da linguagem, e não um referimento ao mundo.

Se isso é verdadeiro, “amigo” compartilha essa condição não apenas com os insultos, mas com os termos filosóficos que, como se sabe, não têm uma denotação objetiva, e, como aqueles termos que os lógicos medievais definiam “transcendentes”, significam simplesmente o ser.

Na Galeria Nacional de Arte Antiga em Roma conserva-se um quadro de Giovanni Serodine que representa o encontro dos apóstolos Pedro e Paulo na estrada do martírio. Os dois, imóveis, ocupam o centro da tela, circundados pela gesticulação desordenada dos soldados e dos carrascos que os conduzem ao suplício. Os críticos freqüentemente notaram o contraste entre o rigor heróico dos dois apóstolos e a comoção da multidão, iluminada aqui e ali por partículas de luz quase esboçadas ao acaso sobre os braços, os rostos e as trombetas. Da minha parte, penso que aquilo que torna este quadro propriamente incomparável é que Serodine representou os dois apóstolos tão próximos, com as frontes quase colocadas uma na outra, que estes absolutamente não podem se ver: na estrada para o martírio, estes se olham sem se reconhecerem. Essa impressão de uma proximidade por assim dizer excessiva é ainda acrescida do gesto silencioso das mãos que se apertam embaixo, dificilmente visíveis. Sempre me pareceu que esse quadro contém uma perfeita alegoria da amizade. O que é, de fato, a amizade senão uma proximidade tal que dela não é possível fazer nem uma representação nem um conceito? Reconhecer alguém como amigo significa não poder reconhecê-lo como “algo”. Não se pode dizer “amigo” como se diz “branco, “italiano” ou “quente” – a amizade não é uma propriedade ou uma qualidade de um sujeito.

Mas é tempo de começar a leitura de uma passagem de Aristóteles. O filósofo dedica à amizade um verdadeiro tratado, que ocupa os livros oitavo e nono da Ética a Nicômaco. Já que se trata de um dos textos mais célebres e discutidos de toda a história da filosofia, tomarei como pressuposto o conhecimento das teses mais consolidadas: que não se pode viver sem amigos, que é preciso distinguir amizade virtuosa, na qual o amigo é amado como tal, que não é possível ter muitos amigos, que a amizade a distância tende a produzir o esquecimento etc. Tudo isso é notório. Há, ao contrário, uma passagem do tratado que me parece não ter recebido suficiente atenção, que contenha, por assim dizer, a base ontológica da teoria:

Aquele que vê sente (aisthanetai) que vê, aquele que escuta sente que escuta, aquele que caminha sente que caminha e assim para todas as outras atividades há algo que sente que estamos exercitando-as (oti energoumen), de modo que sentimos, nos sentimos sentir, e se pensamos, nos sentimos pensar, e isso é a mesma coisa que sentir-se existir: existir (to enai) significa, de fato, sentir e pensar. Sentir que vivemos é por si só doce, já que vida é naturalmente um bem e é doce sentir que um tal bem nos pertence. Viver é desejável, sobretudo para os bons, já que para estes existir é um bem e uma coisa doce. Com-sentindo (synaisthanomenoi) provam doçura pelo bem em si, e isso que o homem bom prova em relação a si, o prova também em relação ao amigo: o amigo é, de fato, um outro em si mesmo (heteros autos). E como, para cada um, o fato mesmo de existir (to auton einai) é desejável, assim – ou quase – é para um amigo. A existência é desejável porque se sente que esta é uma coisa boa e essa sensação (aisthesis) é em si doce. Também para o amigo se deverá então com-sentir que ele existe e isso acontece no conviver e no ter em comum (koinonein) ações e pensamentos. Nesse sentido, diz-se que os homens convivem (syzen) e não como para o gado, que condividem o pasto. [...] A amizade é, de fato, uma comunidade, e, como acontece em relação a si mesmo, também para o amigo: e como, em relação a si mesmos, a sensação de existir (aisthesis oti estin) é desejável, assim também será para o amigo.

Trata-se de uma passagem extraordinariamente densa, porque Aristóteles aí enuncia teses de filosofia primeira que não são encontradas nessa forma em nenhum outro de seus escritos:

1) Há uma sensação do ser puro, uma aisthesis da existência. Aristóteles repete isto várias vezes, mobilizando o vocabulário técnico da ontologia: aisthanometha oti esmen, aisthesis oti estin: o estin é a existência – quod est - enquanto oposta à essência (quid est, ti estin).

2) Essa sensação de existir é em si mesma doce (edys).

3) Há equivalência entre ser e viver, entre sentir-se e sentir-se viver. É uma decisiva antecipação da tese nietzschiana segundo a qual: “Ser: nós não temos disso outra experiência que viver”. (Uma afirmação análoga genérica, pode ser lida também em De An: “Ser, para os viventes, é viver”.)

4) Nessa sensação de existir insiste uma outra sensação, especificamente humana, que tem a forma de um com-sentir (synaisthanesthai) a existência do amigo. A amizade é a instância desse com-sentimento da existência do amigo no sentimento da existência própria. Mas isso significa que a amizade tem um estatuto ontológico e, ao mesmo tempo, político. A sensação do ser é, de fato, já sempre dividida e com-dividida, e a amizade nomeia essa condivisão. Não há aqui nenhuma intersubjetividade – esta quimera dos modernos -, nenhuma relação entre sujeitos: em vez disso o ser mesmo é dividido, é não-idêntico a si, e o eu e o amigo são duas faces – ou os dois polos – dessa com-divisão.

5) O amigo é, por isso, um outro si, um heteros autos. Na sua tradução latina – alter ego – esta expressão teve um alonga história, que não é aqui o lugar de reconstruir. Mas é importante notar que a formulação grega tem algo a mais do que nela compreende um ouvido moderno. Antes de tudo, o grego – como o latim – tem dois termos para dizer alteridade: allos (lat. alius) é a alteridade genérica, heteros (lat. alter) é a alteridade como oposição entre dois, a heterogeneidade. Além disso, o latim ego não traduz exatamente autos, que significa “si mesmo”. O amigo não é um outro eu, mas uma alteridade imanente na “mesmidade”, um tornar-se outro do mesmo. No ponto em que eu percebo a minha existência como doce, a minha sensação é atravessada por um com-sentir que a desloca e deporta para o amigo, para o outro mesmo. A amizade é essa des-subjetivação no coração mesmo da sensação mais íntima de si.

Neste ponto, o estatuto ontológico da amizade em Aristóteles pode ser considerado já conhecido. A amizade pertence à prote philosophia, porque aquilo que nesta está em questão concerne à própria experiência, à própria “sensação” do ser. Compreende-se então por que “amigo” não possa ser um predicado real, que se acrescenta a um conceito para inscrevê-lo numa certa classe. Em termos modernos se poderia dizer que “amigo” é um existencial e não um categorial. Mas esse existencial – como tal, não-conceitualizável – é atravessado, entretanto por uma intensidade que o carrega de algo como uma potência política. Essa intensidade é o syn, o “com” que divide, dissemina e torna condivisível – ou melhor, já sempre condividida – sensação mesma, a doçura mesma de existir.

Que essa condivisão tenha, para Aristóteles, um significado político está implícito numa passagem do texto que acabamos de analizar e sobre a qual é oportuno retornar:

Mas então, também para o amigo se deverá com-sentir que ele existe, e isso acontece no conviver (syzen) e no ter em comum (koinonein) ações e pensamentos. Nesse sentido, diz-se que os homens convivem e não, como para o gado, que condividem o pasto.

A expressão que traduzimos por “condividir o pasto” é en to auto nemesthais. Mas o verbo nemo – que como se sabe, é rico em implicações políticas, basta pensar no deverbal nomos -, razoavelmente, significa, em sua forma medial, também, “tomar parte”, e a expressão aristotélica poderia significar simplesmente “tomar parte no mesmo”. Essencial é, em todo caso, que a comunidade humana seja aqui definida, em relação àquela animal, através de um conviver que não é definido pela participação numa substância comum, mas por uma condivisão puramente existencial, e por assim dizer, sem objeto: a amizade , como com-sentimento do puro fato de ser. Os amigos não condividem algo (um nascimento, uma lei, um lugar, um gosto): eles são com-divididos pela experiência da amizade. A amizade é a condivisão que precede toda divisão, porque aquilo que há para repartir é o próprio fato de existir, a própria vida. E é essa partilha sem objeto, esse com-sentir originário que constitui a política.

Como essa sinestesia política originária tenha se tornado no decurso do tempo o consenso ao qual confiam hoje seus destinos as democracias na última, extrema e extremada fase da evolução é,como se diz, uma outra história para se refletir.

(Giorgio Agamben, 2007)

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Jeff

Minha assinatura galática no calendário maia

Francisco Cesar Leandro Araujo
Data de nascimento: 18 / 06 / 1982

Kin 251
Macaco Auto-existente Azul


Defino com o fim de brincar
Medindo a ilusão
Selo o processo da magia
Com o tom auto-existente da forma
Eu sou guiado pelo poder da realização

'Entre o céu e a Terra está a magia da vida; por isso abro minhas portas para semear com amor.'

Viajado esse troço né? Coisa de neo-hippie. Cabuloso!
Mas quer descobrir a sua assinatura galática no calendário maia?
acesse o site abaixo, digite seu nome, data de nascimento e clique em 'calcular':
http://calendariodapaz.com.br/homeSementeAutoExistenteAmarela/Bussola.php

segunda-feira, 5 de julho de 2010

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Só quando te beiro e te
acaricio feito sombra,
crês em mim, crê em minha
boca.

que ascende
com senso tardio
lé pelos paços
do tempo,

te alistas na legião
dos anjos de segunda classe,
ódio silente
astra.