domingo, 10 de junho de 2012

Os anos de ti para mim

O teu cabelo volta a ondular-se quando choro.
Com o azul dos teus olhos, pões a mesa do nosso amor:
uma cama entre o verão e o outono.

Bebemos o que alguém preparou, que não era eu, nem tu,
nem um terceiro:
Sorvemos o último vazio.

Miramo-nos nos espelhos das águas  profundas
e passamos mais depressa um a outro os alimentos:
A noite é a noite, começa com a manhã,
É ela que me deita a teu lado.

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