TH
Pequena,
branca,
e um odor de carne em flor.
Tu atrais olhos e não és frágil.
Portão de ferro, você não tem tamanho para tanto arranco!
Jubilosa criatura que sustem a prata perfurada
e sopra mudanças de ar.
Sim, onde estiver Ela estará contigo,
aquilo que amarra: o sonoro.
Uma e outra cicatriz sua me acena uma idade madura,
a cor de uma romã.
A solidão lhe perfura e arde
Tu vibras e sabes ser amante.
Estertor.
Estupor.
O outro cintila à frente e tu silencias,
Só ouve o desejo mudo.
Diga-me, qual teu segredo?
Olhos negros, opacos, que não sei dizer quem.
Diga-me, qual tua dor?
Tuas mãos operam carícias, arranjos,
e ofereces ao mundo, a mim, ao Tu.
Tu me afiguras grande e inteira.
Busca o conforto de braços e laços leitos: a encaracolada junção.
Careces do outro, aquele que lhe despertará refluxos, sol, risos.
Ainda te verei altiva aos ventos da proa,
Minha pequena ouvinte dos desígnios.
És quem transporta a chama. És quem guarda o mágico.
Sou-te adorador fiel do mundo guardado.
Leve-me contigo e acolha meu ventre desraigado.
Lança-me sua complexa idade.
Lança-me seu grito, sua sussurrada confissão,
e atira-nos seu coração.
Tu desperdiçaste-me a toa.
Tu morreste pra mim.
Contudo,
vivemos no mundo
E o mundo vive em você.
Meu anjo, minha dor,
Não somos a parte mais importante desse mundo.
Mas nós e o mundo, ainda vivos,
precisamos de ti.
Cuide-
se.
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